A falta de chuva tem causado preocupação aos gestores do Saema (Serviço de Água e Esgoto do Município de Araras). Nos últimos 57 dias choveu apenas 31 milímetros em Araras. Com isso, os níveis das represas encontram-se em estado de alerta.

As últimas chuvas no município foram no dia 22 de junho e 28 de julho, com os registros de 16 e 15 milímetros, respectivamente. A previsão é de que as chuvas devem voltar apenas no mês de outubro. Em maio, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um alerta de emergência hídrica para a região hidrográfica da Bacia do Paraná entre junho e setembro de 2021. A bacia abrange boa parte dos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Distrito Federal.

Buscando alternativas para preservar água e não ter que realizar racionamentos, o Saema vem executando ações de conscientização pelo uso racional de água desde o início do ano, como campanhas institucionais e fiscalização de orientação junto à população e agora partiu para o decreto que permite multar aquele que for pego desperdiçando água.

 O decreto entrou em vigor no dia 5 e até o último sábado (14), 11 autos de infração haviam sido elaborados. O valor da multa é de R$ 349,08.
“Estamos fazendo de tudo para não termos que partir para o racionamento, tudo depende de como a população agirá nos próximos dias. Além do decreto de multa, numa forma de conscientizar a população ainda mais, estamos aumentando a captação de água do Rio Mogi para preservar as águas das represas.”, falou o presidente do Saema, Alexandre Castagna.

A população pode colaborar com a fiscalização denunciando através do telefone 0800-014-4321.
 
Racionamento

Com ao menos dois meses de período seco ainda pela frente, são muitos os municípios que estão limitando a oferta de água à população por meio do racionamento, casos de Itu, Bauru, Salto, São José do Rio Preto, Chavantes, Santa Cruz das Palmeiras, Rio das Pedras, Suzanópolis, Mirandópolis e Tietê, no Estado de São Paulo.

No Paraná a situação está complicada nas cidades de Curitiba, Santo Antonio do Sudoeste e Pranchita; e no Sul, a cidade de Bagé. Todas convivendo com racionamento.

A região centro-sul do país enfrenta a pior seca em 91 anos de registros históricos. Reservatórios de hidrelétricas ao longo dos rios Paranaíba, Grande e Paraná, espécie de caixa d’água energética nacional, estão nos níveis mais baixos, ameaçando o colapso do Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo relatório da ANA (Agência Nacional de Águas) até novembro.

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