Coveiros do Cemitério Municipal de Araras (SP) estão trabalhando em condições extremamente precárias, sem o fornecimento adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), expondo-se diariamente a riscos biológicos e à contaminação. Segundo denúncias recebidas pela reportagem, os profissionais não recebem luvas, máscaras, botas apropriadas ou vestimentas de segurança, mesmo durante procedimentos de alto risco, como a exumação de corpos.
De acordo com relatos, em muitos casos os coveiros precisam manipular restos mortais com as próprias mãos, sem qualquer tipo de proteção. A falta de luvas e máscaras adequadas não apenas compromete a segurança dos trabalhadores, como também representa uma grave violação às normas de saúde e segurança do trabalho.
Além da falta de EPIs, os profissionais também apontam para a ausência de treinamento e acompanhamento médico, algo essencial considerando os riscos envolvidos no manuseio de corpos e materiais biológicos. As exumações, em especial, são procedimentos que requerem protocolos rígidos de segurança, mas que, segundo os coveiros, são tratados com descaso no dia a dia do cemitério.
A reportagem procurou a Prefeitura de Araras para esclarecimentos sobre a denúncia e aguarda um posicionamento oficial. Enquanto isso, os coveiros seguem exercendo suas funções em condições insalubres e perigosas, cobrando respeito, dignidade e o mínimo necessário para garantir sua própria segurança.