O clima entre os servidores públicos municipais de Araras é de crescente desânimo e insatisfação. Desde o corte do prêmio de assiduidade — benefício que recompensava a frequência e a dedicação ao trabalho — a categoria tem se sentido desvalorizada pela atual gestão. A suspensão do pagamento, que afetou diretamente o rendimento mensal de centenas de trabalhadores, acentuou o sentimento de abandono e falta de reconhecimento por parte da administração.

Além da perda financeira, os servidores cobram uma promessa antiga que ainda não saiu do papel: a implementação de um plano de carreira justo e transparente. Segundo relatos, a expectativa por um sistema que reconheça a progressão funcional, o tempo de serviço e a qualificação profissional permanece ignorada, enquanto o funcionalismo enfrenta dificuldades para manter sua motivação diante do atual cenário.

“Trabalhamos com dedicação, muitos há mais de 10, 15 anos, e agora nos tiram um direito sem dar qualquer contrapartida. O plano de carreira foi prometido, mas nunca apresentado de fato”, comentou um servidor que preferiu não se identificar.

A medida de corte no prêmio de assiduidade foi justificada pela Prefeitura com base em apontamentos legais, alegando que o benefício feria normas jurídicas vigentes. No entanto, a categoria alega que faltou diálogo e transparência no processo, além de uma solução compensatória à altura do impacto gerado.



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